quarta-feira, 27 de junho de 2012

FOCO EM MIM


(Este não é um post mimizento, então arregace as mangas e vem comigo se você também está em uma vibe anti-mimimis).

Decidi que focarei total e completamente em mim. Leia-se "completamente em mim" como "em mim e minha família". Na boa, cansei! Sério! Liiindo de viver ficar emanando e pensando e se apegando a mensagens de auto-ajuda. "Tudo tem sua hora; o que é seu tá guardado; ah, não era para ser". EU QUERO QUE TUDO ISTO SE EXPLODA! Sério! E as pessoas que dizem isto, tirando os que me importam, que se explodam junto. Tô boa não...

Olha, tô com birra especial de pessoas Sandy. Nada contra a cantora, aliás, aproveito o espaço para dizer que não, não gosto dela como cantora mas reconheço seu talento. Sim, sei separar as coisas. Tendo sido isto explicado e voltando ao início do parágrafo, tô com birra desse povim. Não preciso explicar, todos sabem como eles são... Povim purpurinado, todo cheio de mimimis, todos "vamos salvar o mundo", todos "ah, vou ali abraçar uma árvore"... Então, tô com ódio mortal de vocês. Porque? Sei lá, porque sim... Acho que porque esse povo é fora da realidade para mim, e não tô com paciência pra ficar soprando bolinhas de sabão quando a vida real está batendo à minha porta. Sorry, não tenho a evolução de vocês... Me deixem quieta.

Também estou com um pouco de birra da Vida, a fanfarrona. Sabe Vida, você é testemunha das bizarrices que já me aconteceram, e também sabe o quanto eu faço para ajudar o outro. Sabe quando dizem que não existe gente que ajuda? Existe meu bem, eu sou uma delas. Sempre ajudo os outros, SEMPRE. Acho que diminuirei isto, já que focarei em mim. FOCO EM MIM! Quero as coisas para mim, dá licença? Aliás, a pergunta é: é pedir muito? Sério? Decidi que cuidarei de mim, me ajudarei. Se sou egoísta? Me rotule como você quiser, tô cada vez menos preocupada com as opiniões alheias... Que bom né? Eu acho...

Tô cansada de gente que sonha e não cai na real. Gente que fica pondo panos quentes, que não assume posicionamento, que adora uma passeata mas só isto também. Gente do contra, gente que critica tudo e todos, gente que só torce contra, gente do mal... gente podre, chata, que dá opinião sem ser pedida tal coisa. Gente que quer te ensinar a viver... Gente que para tudo fala CALMA! Sabe onde eu quero que você enfie sua calma? SIM, VOCÊ SABE! E não, não digitarei aqui...

Resumo da ópera: focarei em mim! Cuidarei de mim! Me libertarei de tudo o que me agride e me faz mal. Já me prometi isto, acho que preciso relembrar a coisa ou pegar mais firme nos chifres do touro. E deuses do olimpo, ouçam minhas preces. Me auxiliem. Nem que for para tirar este povo e estas situações do meu caminho... Porque estou ficando bem cansada... e com isto eu fico irritada... Não bom isto...


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Comparações Inúteis ou Os Outros


Trilha sonora do dia é Vamos Fugir...  aqui

Conheço gente que sempre se compara a outros. Tanto faz se conhecem ou não estes outros, mas vivem se comparando... e perdendo. Porque deveriam estar no mesmo patamar que outros estão, já deveriam ter feito isto, ter aquilo e por ai vai. Uma eterna derrota. Você é assim? Porque se for, acho que voltamos à trilogia dos post sobre autossabotagem, que de trilogia não tem nada e tá mais para Harry Potter volume 22. Afinal, o problema são os outros? Ou será que é você?

Sempre haverá gente melhor e pior do que você considera o ideal de onde você gostaria de estar. Quando você se compara aos piores, acha pouco do seu esforço e conquistas. Quando se compara aos melhores (oi?), se acha uma bosta. A questão é: estes questionamentos já nasceram errados. Tanto olhando para cima quanto para baixo, está tudo errado. Sabe o porquê? Porque CADA UM TEM UMA ESTÓRIA DE VIDA, simples assim.

Penso que devemos tomar muito cuidado para não nos contaminarmos por estes contextos impostos. Não tem como viver em uma bolha, estamos sempre inseridos em algo. A coisa é que, uma vez inserido no contexto que for, você pode começar a se comparar, e ai o estrago já está feito. Acho que requer uma boa dose de autoestima e auto-conhecimento para não cair nesta armadilha de tentar se adequar aos modelinhos... Você pode se adaptar, não se adequar... Percebe a sutileza e a grande diferença? No fundo, a verdade é que você tem sua estória de vida, com seus tropeços, acertos e erros. E esta sua estória é ÚNICA. É só sua. E porque raios você não acha sua estória a mais bela de todas? Alguém por acaso sabe pelo que você já passou? Porque você valoriza o alheio ao invés das suas conquistas? Elas são poucas? Ora, mas você fez o que podia? A gente sempre faz o melhor que pode, mesmo que seja bem abaixo das (nossas) expectativas.

Uma das vantagens que percebo em ficar mais velha é cada vez menos se comparar a estes padrõezinhos generalizados. Não sei se é porque tive que aprender a ser assim, mas valorizo muito cada passinho microscópico que já dei e dou na vida. Podem me olhar, me julgar, achar qualquer coisa que seja. Mas só eu, e apenas eu, sei o que me custou cada passo e tombo e sorriso e lágrima. Aqueles que torcem por mim tem meu eterno agradecimento. Aos que me julgam ou olham de soslaio por não me "adequar", meu beijo. E não me liguem, porque a bem da verdade, estou nem ai para vocês...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Acomodada


Ouvindo Marisa Monte... aqui.

Já fiz um post sobre ela, mas não encontrei (quem encontrar me avisa que eu embedo o link aqui ok?). Resumo: ela teve a coragem de sair de um casamento de 11 anos para... ser feliz. Ela queria ter sua família - esposa, marido, filhos, cachorros e flores na janela. Ele tem como nome do meio "egoísmo". Sempre pensava em sua carreira, sua vida, suas escolhas. Ela que se adaptasse. Quando ela ameaçava largar o barco, ele sussurrava que era questão de tempo até eles formarem a família tanto esperada. Por ela. Ela acreditava. E um dia, enquanto fazia a janta que ele tanto gostava, ela olhou para ele e soube ali que não, não era o que ela queria para sua vida. Orava todos os segundos "peço, entrego, confio, agradeço". Era seu mantra. Um dia, ela decidiu: não era MESMO o que ela queria para a vida dela. E teve a coragem de pegar suas trouxas e seguir seu caminho, absolutamente despedaçada e sem rumo.

Semana passada, numa daquelas coincidências da Vida, a eterna fanfarrona, nos encontramos e conversamos. Não falava com ela desde que ela saíra de casa para voltar para o mundo lá fora. Ela linda, sorridente, feliz e, o principal, transbordando felicidade. Nestas três horas em que conversamos, perguntei tudo o que quis, sempre deixando claro que ela só responderia se quisesse. Ela respondia "Ká, amada! Imagina!" E entre risadas e olhos marejados, descobri que ela tinha encontrado a felicidade (ou será que foi o contrário e ela foi encontrada?).

Ela voltara para sua casa no Sul. Recomeço do zero. Focou no trabalho, em tentar manter a sanidade. Neste meio tempo, conheceu uma pessoa que se apaixonou por ela antes de conhecê-la pessoalmente. Ela não tinha condições de nada; ainda curava feridas profundas. Ele, com toda a paciência, carinho, espaço e amor, a ajudou neste processo. Ela se recuperou. E formou a família que tanto queria, com sua filhinha de cabelinho ralo e sorriso de gengiva (eu que sonhei isto e já falei para ela) encomendada e não querendo nascer. Acho que ela sente tanto amor que não quer sair de onde está. Sortuda ela; mal sabe a mãe que terá.

Soube que a vida tomara seu rumo (ah, sua fanfarrona). Perguntei para ela A questão: amiga, como você conseguiu? Como você teve coragem? Ela respondeu que só tinha medo de uma coisa: se acomodar. E ela sempre falava e pensava e vibrava que não queria se acomodar. E ela disse também que "confiava muito". Não me disse no que, mas sorriu feliz feliz feliz.

Ela me disse que sempre verá e lerá os livros da Martha Medeiros e se lembrará de mim (eu que a introduzi à minha musa-escritora, confesso). Ela repetia sempre seu mantra, e disse que um dia eles ainda conversarão. Não sei, e isto não importa. O que importa é que ela teve a coragem que tantos buscamos para sair da vidinha. A dica: não se acomodar. E confiar. Não sei em que, então digito e sorrio.

Que eu, você, todos nós e mais alguns não nos acomodemos com coisa alguma, em qualquer área da vida. Que tenhamos a coragem de seguir adiante quando SABEMOS que não estamos felizes. Que consigamos suplantar nossos medos e que confiemos. "Peço, entrego, confio, agradeço." Porque às vezes precisamos dar um empurrãozinho para a Vida, esta fanfarrona...

PS - F., obrigada. Lembro quando você passou por aquela época sufocantemente infeliz. E ter te visto semana passada me mostrou mais uma vez o quanto é possível. Obrigada por ter me mostrado que sim, é possível. É possível... abandonar o que sabemos errado para tentarmos, mesmo sem sabermos se ocorrerá, ser feliz. E que sua filhota, já tão amada por todos, venha ao mundo com saúde. Uma boa hora amiga... E, independentemente de onde estiver, sempre pensarei em você e lembrarei o que você me ensinou... a ter coragem.

PS2- na madrugada do dia 25 de junho de 2012, mais precisamente 'as 00:25, veio ao mundo Nicole, em um parto humanizado, na água, pesando mais de 3,500kg. Seja bem-vinda, pequena... Mal sabe você a sorte de ter escolhido a mãe que escolheu...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

fazendo limonadas


Você traça um plano: almeja ser médico desde criança, ganha brinquedos relacionados a isto desde que se conhece por gente. Seus pais se esforçam, você se esforça. Só que você não passa no vestibular de medicina uma, duas, três vezes. Chega uma hora em que fica com vergonha de já ter amigos se formando e você ainda lá, resolvendo equações de segundo grau para marcar o X certo no dia da prova. E você não passa. E agora? Quando você luta e batalha pelo que quer e não consegue, mas vira gente grande e precisa pagar suas contas, você faz o que? Se adapta e fica o resto da vida lamentando o big NÃO que você ganhou da vida? Ou pega este limão e faz uma limonada?

Na verdade, este post é para falar sobre algo que (na minha opinião, sempre) é lindo na teoria, mas não tanto na vida real.  Você tem um emprego que paga muito bem, mas odeia o que faz. Você está com a pessoa que é ok, mas ela é tudo isso apenas: ok. Você luta por um emprego pelo salário ou pela função? Você abandonaria algo que não gosta mesmo que a conta bancária fechasse no azul no final do mês? Ou ficaria pelo dinheiro?

A vida é uma eterna adaptação. Acho que não existe aquele que sempre traçou planos e tudo deu maravilhosamente certo. Na verdade, acredito que vamos fazendo o melhor que podemos com os limões recebidos sabe? Só que quando você detesta aquilo que faz mas paga bem, você se apega nisto para levantar de manhã. Quando seu relacionamento está péssimo, você se apega ao fato de que ao menos tem alguém. Acho que nos falta coragem de virar a mesa... Trocar o certo pelo duvidoso é difícil até para quem tem um perfil mais agressivo.

Não sei as respostas, na verdade mal entendo as perguntas. Só sei que muitas vezes na vida temos que nos contentar com o que temos. Não era o que você queria mas é o que tem...

Espera... Reli o que escrevi ai em cima...
...
...
...
Será?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Esperando...



Você já teve a sensação que sua vida entrou em um plano e lá está, quietinha, se fingindo de planta? Você tenta movê-la para frente, quando cansa até para trás, vá lá, mas ela permanece impassível no mesmo lugar. Você puxa, empurra, você tenta. Resposta? Nada. Já viu este filme? O que você fez então para mudar isto?


Tem gente que gosta da mesmice. Outros são de fase, e quando estão na fase de querer e buscar mudança, é no mínimo frustrante fazer o que pode e a vida lá, parada. Cansa, sabe? (Sei) Nestas horas, penso se o melhor não seria dar uma esfriada na cabeça e tentar se afastar um pouco do seu plano para ver onde as coisas estão erradas. Ou então aceitar que você está em um plano e talvez desencarne neste mesmo exato lugar.


Claro que a Vida, a eterna fanfarrona, às vezes vem do nada e nos dá uma rasteira. Ai sua vidinha é tirada do platô onde estava com um chute na bunda. Você agora remedia, não mais dá as cartas. Ué, não era você que pedia tanto uma mudança na sua vida? Ela veio, de um jeito totalmente inesperado. Se vira agora!


Eu quero mudanças. Já? Amanhã? Não sei quando, mas as quero. Tenho feito o que me cabe, sim, até acho que poderia fazer mais. Mas faço o melhor que posso, sempre, e é isto que me faz roncar alto quando encosto a cabeça no travesseiro. Vida, sua linda, gostaria que você ouvisse minhas preces, já que faz tempo que estou na fila esperando com minha senha na mão. Não precisa vir do nada, de supetão, e me tirar de onde estou. Obrigada, não ando de roda gigante e não gosto de fortes emoções. Aliás, acho que já gastei minha cota nesta vida, lembra? Eu lembro, vagamente mas lembro...


Enquanto elas não vem, leio bastante e vejo este texto da musa Martha Medeiros: "(...) 


Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal... 
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
Então, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa... Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mágoas no coração.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com você mesmo!!!"

Mantenho a promessa que me fiz: nunca mais sofrer pelo que, simplesmente, não vale a pena. E tenho sido fiel a este comprometimento, diariamente...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

a vendedora de livros


Esta é a estória de uma senhora jovem, com duas filhas adultas e bem criadas, que viu o primeiro e amor de sua vida morrer em seus braços e ali, naquele momento e com as meninas ainda crianças, ela arregaçou as mangas e foi à luta vendendo livros. Teve que aprender a fazer sombra sem saber que era árvore. Não, o começo da estória é este. O meio da estória é que hoje ela vive um relacionamento que a deixa infeliz com alguém que quer ser prioridade na vida dela, sem saber que para ela prioridade é algo pluralizado. Errado de novo. O meio da estória se dá com ela num relacionamento que a deixa infeliz, ela sabe disso, eles dão um tempo e se afastam, ele liga desesperado dizendo que vai mudar, ela acredita e eles retornam até ele surtar de novo e ela continuar infeliz. Este é o meio da estória.

Ela é família. E isto para ela é sagrado. Ela o convidou para fazer parte da família, ele foi, ressabiado que só ele. Ele a quer para ela. Ela o quer como parte da vida dela. Objetivos distintos. Difícil...

Quando ele diz que vai mudar, ele quer dizer que deixará de fazer o que ela não gosta. Que ele não falará mais o que sempre diz, que ele deixará de tentar se impor na vida dela e querer exclusividade. Ela acredita e aceita. Ele se mantém firme e forte, até explodir e voltar ao que era. Por que isto? Porque ninguém muda assim, estalando os dedos. É necessário uma vontade absurda aliada a vários tropeços construtivos. O principal: querer esta mudança por si, não para agradar ao outro. Já reparou como tem relacionamento onde um promete mudar para agradar o outro, não a si mesmo? Honestamente, você acredita que esta mudança ocorrerá? Eu não...

É triste você ver uma pessoa que você gosta e é do bem sofrendo por não conseguir se desvencilhar de situações nocivas. A pessoa sabe que aquilo não faz bem para ela, mas no fundo falta coragem. É duro você encarar a pergunta: eu amo a pessoa ou estou apenas acostumada? Porque olha, a gente acostuma com tudo nesta vida, até e principalmente com o que não nos faz bem... Infelizmente é assim...

Ninguém tem o direito de palpitar. Falar o que o outro pode fazer pode até ser com um fundo de altruísmo, mas não adianta. A ficha de cada um uma hora cai, e a pessoa percebe o que sempre esteve na cara dela. Ai ela vai para a guerra de peito aberto, porque sabe o que sente. Pena que este tempo não pode ser cronometrado, e até a ficha cair tendemos a dar cabeçada.

Vejo pessoas sofrendo por medo de estarem sozinhas, afundadas em relacionamentos que as consomem. Espero aprender a lição: tudo o que é demais cansa. E, às vezes, quando todos à sua volta dizem que você está triste, que tinha mais brilho, etc., pode ser que você esteja errada ou cega, surda e muda. Mas quando TODOS veem algo que você não percebe, é no mínimo prudente parar e tentar se situar. Porque pior do que se arrepender do que não se fez, é se arrepender de ter deixado o tempo passar e não tê-lo usado de forma mais inteligente...

Quando a pessoa para quem eu fiz este post lê-lo, saberá que foi feito para ela. Lembre-se da força que você foi obrigada a descobrir que tinha. Olhe para trás e se orgulhe da sua estória. E se apoie nela para tomar decisões, quando a hora certa chegar... Tenha apenas uma coisa em mente: A GENTE NASCEU PARA SER FELIZ, como me ensinou a Elenita Rodrigues... E que o teu melhor te ocorra... E que o fim de sua estória seja com lágrimas de felicidade e um sorriso nos lábios... Amém.

terça-feira, 12 de junho de 2012

GENTINHA


Se o Brasil é a 6ª economia do mundo, se hoje a classe C aumentou, se este país nunca foi como é, isto pouco importa. O que realmente importa é o tanto de gentinha que tem espalhada por ai. Como fiquei puta com um ocorrido, uso meu post de Dia dos Namorados para homenagear este povo que é pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro. Errado, porque até gente miserável, economicamente falando, é gentinha. Já repararam?

Cheguei de avião (lotado) porque a passagem era mais barata do que de ônibus. Primeira coisa: existe um limite de tamanho e de peso para as bagagens de mão. Pessoas, DE PESO! Já pararam para pensar se TODOS levarem mais peso do que o permitido (5 quilos, no caso)? Teve uma véia (quem não respeito trato carinhosamente) que precisou de ajuda para por a mala no compartimento de bagagens, de tão pesada. Ainda bem que ela não pos a bagagem em cima de mim, porque eu faria uma cara de ódio mortal. COLOQUE ENTÃO ESTA MALINHA EM CIMA DA SUA CABEÇA! Mas enfim, me diga: é ou não é gentinha? Mesmo a mala sendo LV?

Na aterrissagem, é falado para não se ligar os celulares até que a aeronave esteja totalmente parada e estejamos em solo, dentro do saguão. A véia-vaca toda paramentada sentada ao meu lado nem esperou o avião sair da pista para ligar seu celular. Errado, ELE JÁ ESTAVA LIGADO! E a véia-vaca ficava lá, mandando mensagem pra alguém ou checando a internet. Pouco me importa! TEVE GENTE CUJO CELULAR TOCOU! ALTO! A aeromoça teve que falar (lembrando, estávamos ainda nos movendo) para que os equipamentos eletrônicos permanecessem desligados. A véia-vaca continuava só no celular... Ela nem me olhava, acho que sabia que fazia algo errado. Inventei isso para tentar dar alguma dignidade pra ela. É uma véia e vaca. E se acha melhor que os outros => gentinha.

Não entendo quem se acha melhor que os outros, ou achar que só uma vezinha ela fazer algo não-correto a exime. NINGUÉM É MELHOR DO QUE NINGUÉM! Gente que tem lugar marcado mas senta no do outro. Gente que senta em local reservado e reclama se tem que levantar. Gente que rouba a vaga do outro em estacionamento ou para em local proibido. Gente que ostenta suas grifes e joga lixo no chão, gente que vai em shopping para comer e deixa as bandejas em cima da mesa sem recolher. Gente que suja o banheiro ou qualquer coisa e não limpa. Gente que acha que doando uma cesta básica se exime de seus pecados. Gente que julga tudo e todos. Gente classe G. De gentinha.

Isto me entristece e me dá muita vergonha alheia. O incrível é que as gentinhas não ficam nem um pouco envergonhadas de seus comportamentos. Não tão nem ai, com suas caras de cu blasé. Fico triste porque isto, para mim, mostra que valores básicos não mais são ensinados. Todo mundo vive conectado mas isolado em seu mundinho. Se estou bem, que o outro se exploda. Ás vezes me pergunto: será que somos tão mais evoluídos que os homens das cavernas?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Máscaras


Semana passada estava no meu canto, quieta, esperando dar meu horário de ir embora, quando uma colega de trabalho (aliás, conhecida, já que nem sei o nome da bonita) chegou e se sentou bufando na outra metade do sofá. Como sou educada, me sentei mais no meu lado, deixando a parte dela toda livre. Bom, ela começou a falar comigo sem perceber que eu estava focada no meu celular, vendo algo absolutamente importante (A Fazenda, twittando, lendo horóscopo, enfim). Só sei que de um fôlego só ela disse estar puta com uma amiga porque ela estava atrasada. Descobri também que elas não se viam há tempos e haviam marcado em um restaurante meio de caminho pras duas. Ao invés de ficar quieta, perguntei porque ela não ia para o restaurante e esperava a colega lá, tomando uma coca zero com limão e gelo. Ela, com os dois olhos abertos e uma certa tremedeira no lábio (pensei ser normal, nem me passou pela cabeça que poderia ser algo mais sério na hora) disse "EU ESPERAR SOZINHA? NUM RESTAURANTE? PREFIRO MORRER!"

Ela realmente disse isto. Olhei para a cara dela e perguntei se ela nunca tinha feito isto, e como resposta recebi um sonoro e meio gritado "NÃO! JAMAIS! Nem fui em cinema, parque, qualquer coisa sozinha! Isto é depressivo! Fazer programa de dupla ou grupo sozinha é o cúmulo da depressão!"

Parei de falar. Sério, vai ter que diálogo com gente assim? E monólogo, bem, tô fora! Pensei em ser solidária e dar o telefone de uma terapeuta E psiquiatra pra moça, mas achei melhor não. Resolvei orar pelos que convivem com esta pessoa, porque ela não deve ser fácil... E pensei: uma pessoa que não se suporta a este ponto pode ser feliz com alguém?

Sei que muitas vezes é necessário colocar uma máscara para enfrentar o mundão lá fora, quando tudo o que queríamos era ficar em casa de pijamas. Mas às vezes não sabemos o que se esconde por trás delas... pode ter escondido atrás de sorrisos e alegrias disfarçadas mentiras, tristezas e maldades. A máscara cai? Espero que sim. O problema é que pode demorar... muito...

Amigue, sei que você jamais lerá este post, mas se ler, te digo: procure ajuda! Não é normal se odiar tanto! O que os outros pensam de você? Sério que te importa tanto assim?

Por um segundo entendi do porquê da colega dela ter sumido... Imagina conviver com isso ela?

sexta-feira, 8 de junho de 2012

coisas que JAMAIS entenderei


Inauguro hoje uma nova seção aqui no CCQ. A cada post, aleatório, falarei sobre coisas que me entristecem, irritam, me deixam feliz... Hoje começo com "coisas que JAMAIS entenderei". Então desisti de pensar sobre elas...

1. pessoas que compram passagem com assento marcado e não sentam nele. Sentam em qualquer outro, esperam o dono da poltrona chegar e sentam... em outra poltrona que não a que ele tinha marcado;

2. pessoas que fazem o mal a outros, deliberadamente;

3. pessoas que mentem compulsivamente e não vão procurar tratamento;

4. pessoas que insistem em insistir na infelicidade, seja profissional, emocional ou pessoal;

5. pessoas que só pensam em dinheiro;

6. pessoas que passam por cima de tudo e todos e se superam quando se trata de conseguir o que querem;

7. pessoas que acham que sempre se darão bem e jamais serão descobertos;

8. pessoas que dão opinião, mesmo sem que fosse pedido. E brigam se são contrariados;

9. pessoas que acreditam que o outro vai mudar porque elas querem;

10. pessoas que seguem a máxima "rouba mas faz";

11. pessoas homofóbicas;

12. pessoas que maltratam animais e crianças e idosos;

13. pessoas que torcem contra quando um "amigo" pode vir a ganhar algo;

14. pessoas que querem nosso mal, gratuitamente;

15. pessoas que insistem em situações acabadas;

16. pessoas que não sabem porque fazem certas coisas, mas as fazem... e não pensam em parar...

17. gente que avalia os outros pelo que aparenta, não pelo que é (se for julgar alguém, ao menos julgue os ATOS da pessoa, não as palavras bonitas que ela usa);

18. gente que dá a palavra e não cumpre;

19. gente que sofre e não faz nada para mudar isto...

Para terminar, senão ficará infinito, digo que não entendo pessoas que insistem em opinar sobre a vida alheia. Te digo: em relação à minha vidinha, NÃO OBRIGADA! Se não entender, entenda ao menos o fato de eu virar as costas e sair andando. Não é falta de educação. É simplesmente não querer perder tempo com opiniões (e pessoas) que não me acrescentam nada na vida...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

sem pé nem cabeça


Pare um segundinho, respire fundo e pense: você tem algum problema sério na vida? mas Sério mesmo, daqueles quase sem solução, com S maiúsculo? Honestamente, espero que a maioria responda esta pergunta com um "não" meio tímido, já que no fundo poucos tem problemas reais. Meu bate-papo em forma de monólogo hoje é com estes, e já chego com voadora no peito: se você sabe que não tem problemas sérios e reais em sua vida, porque insiste em procurá-los?

Eu também faço isto. Sou uma destas que não tem problema sério. Óbvio que me sinto no direito de achá-los os maiores problemas do mundo, e fico matutando em cima deles. Agora, há que se ter um limite e bom senso, esfumaçadamente delineados. Porque quando eu começo a sofrer em demasia ou encher outros por causa de coisas que, no fundo, são vistas com lentes de aumento, estou perdendo tempo. E este é o único que ganha sempre, não tem jeito! Ele manda e nós nos adaptamos, querendo ou não. E uma das coisas que mais me irrita é cometer burrices, sendo perder tempo a maior de todas elas.

Tenho consciência que comparar pessoas é errado. Sempre haverá gente melhor e pior. Para que isto? Sei também que às vezes a Vida nos manda um problema real, acho que meio como um tapa na cara com luva de pelica. No fundo, creio que estamos tão anestesiados em nossa vidinha dentro de grades que não nos damos conta do quão afortunados somos. E talvez, quando percebermos isto, será tarde...

Aprendi que sempre rezei errado. Pedia muito, mentalizando com força, visualizando, pedindo aos céus, deuses e Universo que eu conseguisse o que queria. Geralmente a coisa ia para um caminho que sequer eu sabia que existia. Então eu sofria. Agora bem menos, vantagens de uma certa idade e rugas na cara. Hoje peço apenas que o que não for meu ou o que for me fazer mal seja tirado do meu caminho. Acho melhor assim.

Na verdade, este post sem pé nem cabeça é só para eu me lembrar que não controlamos as coisas. Elas são. Controlamos apenas como lidamos com elas. E preciso sempre me lembrar a jogar a meu favor, porque ficar se chicoteando buscando a perfeição nunca deu certo. E cicatrizes autoinfligidas não devem ser motivo de orgulho...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Respostas Mutantis

"Eu não sei se gosto dele..."
Resposta em um dia calmo: "Ah, isto é de fase. Sempre temos uma fase em que não estamos bem. Mas isto passa. Vocês já passaram por tanta coisa juntos... E ele é uma pessoa boa..."
Resposta em um dia irritado: "SE NÃO SABE É PORQUE NÃO GOSTA!"

"Queria tanto mudar de emprego..."
Dia calmo: "Vamos mandar CV então. Vamos procurar. Olha, conheço fulano que pode ajudar..."
Dia irritado: "Quer mesmo? Então vamos mandar CV A-G-O-R-A! E nada de dar pra trás depois"

"Mas ele é tão bom..."
Dia calmo: "Então, ele é bom! Ele tem defeitos, mas quem não tem? Ele te trata mal, ele some, mente, rouba, mata, é de lua... Mas ele é bom!"
Dia irritado: "ENTÃO FICA COM ELE!"

"Queria tanto saber as respostas..."
Dia calmo: "Ai amiga, vamos então em cartomante, sei lá! Vamos fazer mapa astral, ler horóscopo. Mas olha, fique tranquila, sei que coisas boas estão em seu caminho..."
Dia irritado: "Vai lavar um tanque de roupa suja na mão que a vontade passa."

"Eu não sei o que eu faço"
Dia calmo: "Calma! Muita calma nesta hora. Você tem que pensar, estar em paz para decidir. Não adianta decidir de supetão..."
Dia irritado: "Então não faça NADA!"

"O que você acha?"
Dia calmo: "Nossa amiga, olha, eu acho isso, eu acho aquilo, eu acho aquilo outro... (horas falando)..."
Dia irritado: ACHO QUE VOCÊ NÃO TEM PROBLEMA SÉRIO NA VIDA PRA FICAR SOFRENDO DESSE JEITO POR NADA!

"Voltei com ele. É o que eu quero, sei dos problemas, mas eu sou feliz assim."
Dia calmo: "poxa amiga, que bom então. Que você seja feliz então."
Dia irritado: "Que bom! Um idiota a menos solteiro por ai! E, a propósito, quando der merda, beijos e NÃO ME LIGA!"


Existem N jeitos de escrever (ou falar) a mesma coisa. Tudo depende do dia e da pessoa (tanto quem pergunta quanto quem responde). No meu caso, sugiro rondar um pouco o terreno para ver se estou no dia calmo ou no dia irritado. Porque se eu estiver no dia irritado, não pergunte! Você pode acabar tendo a resposta que não queria...

PS - até agora, neste momento, estou em um dia calmo... #FicaDica para os que querem falar sobre amenidades.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Para J.



Ontem eu vi e conversei com uma menina que parecia um passarinho com a asa quebrada. Ela falava baixinho, sempre com os olhos marejados. E ela é um exemplo de que, por mais que tracemos planos, a Vida, ah, a Vida, essa fanfarrona, às vezes gosta de mostrar quem manda e nos dá uma rasteira que perdemos o rumo. E você não tem outra escolha a não ser se remendar toda e continuar, do jeito que der...

Dai quando o vendaval passou pela vida dela, o primeiro impacto - conforme eu soube - foi parar tudo. Até para saber onde ela estava. Pensou em deixar o mode on ligado e ficar lambendo as feridas, mesmo sabendo que estas deixarão cicatrizes horrorosas quando cicatrizarem. Mal sabia ela que havia pessoas preocupadíssimas com o rumo que ela poderia tomar. Anjos velados trabalhando ao fundo. E eles existem, sei bem disso...

Só sei que ontem a vi, falando com o tal dos olhos marejados. Decidiu que iria tentar seguir adiante. Igual criança aprendendo a andar sabe? Um passinho de cada vez, se escorando no que (ou em quem) estivesse mais perto. Planos? Não mais. Ela quer apenas conseguir um dia respirar fundo de novo. Só isso... Mas respirar doi né? Então calma, por hoje o negócio é tentar passar pelo dia. Caindo quantas vezes necessário for...

J., fiquei muito feliz em te ver! Muito! MUITO! Não sei se é possível medir a dor pela qual você passa no momento, não acredito sequer que ela suma um dia. Pode até arrefecer um pouco, mas ela sempre estará por ali, lembrando aos que ficam que temos nosso caminho ainda para trilhar. Bem mais difícil após o tombo. Mas devemos ao menos tentar ser feliz pelos que se foram, não por nós. Até porque não sei se temos a Felicidade ainda dentro da gente após certos acontecimentos...

Um beijo querida, e que seus caminhos futuros sejam iluminados. Coloridos. E, na medida do possível, felizes. É o que te desejo e a todos os que já tomaram tombos violentos da Vida, ah, a Vida, esta eterna fanfarrona...